dia mundial do teatro

Ilustração de Paola Pappacena

Assinala-se hoje, dia 27 de março, o Dia Mundial do Teatro. Para comemorar este dia, o Teatro Nacional São João está a promover um dia de atividades na cidade do Porto. As entradas são gratuitas e abertas ao público em geral, as atividades decorrem entre as 12h e as 21h30. 
O Teatro Carlos Alberto e o Mosteiro de São Bento da Vitória também abrem portas para quem quer assistir a espetáculos e peças de forma gratuita ou a preços reduzidos.
Mais informações, aqui.

março é mês da primavera e de poesia

dia mundial da poesia



Poetas Lêem Poetas, no Dia Mundial da Poesia na TSF, neste caso, uma poeta, Inês Fonseca Santos, lê uma carta de um poeta, Manuel António Pina, a um outro poeta, Mário Cesariny.

estendal de poesia na biblioteca municipal josé régio


Hoje, dia 21 de Março, começa a Primavera e é dia Mundial da Poesia. O relvado fronteiro ao edifício da Biblioteca já tem o seu Estendal poético.Este ano, o Mar e o poeta Ruy Belo são os homenageados.

Mesmo que não conheças nem o mês nem o lugar 
caminha para o mar pelo verão

Ruy Belo


a estante de eliana silva




A obra “A mar” transmite uma mensagem interessante e educativa. Ao ler este livro aprendi que o interior é o mais importante e as limitações de uma pessoa não são limitação para amar. Interessei-me por este livro pois é escrito por uma professora que conheci e que admiro muito.
Aconselho a sua leitura talvez um pouco para mudar certas mentalidades.



"A concubina russa" é uma obra rica em história com uma pitada de romance proibido. Torna-se um livro fantástico que nos mostra que nem sempre o dinheiro traz felicidade e sabedoria.
Na minha opinião todos o deviam ler, embora possa ferir certas suscetibilidades.


oficina de iniciação ao mandarim na biblioteca municipal josé régio


A Biblioteca Municipal José Régio iniciou, no passado dia 9 de Março, uma oficina de iniciação ao Mandarim. Pretende-se,  com esta iniciativa,  dotar os participantes com  competências,  a nível da oralidade, de uma das línguas mais faladas a nível mundial e que em Vila do Conde regista uma significativa comunidade de falantes.
A oficina terá uma duração previsível de 3 meses e ainda há inscrições.

Para mais informações, consultem os serviços da Biblioteca Municipal através do email biblioteca@cm-viladoconde.pt ou pelo telefone 252240040.

a estante de adriana oliveira

Para quem gosta de um bom romance, recomendo este livro. Este livro fala sobre um pequeno rapaz mudo, que mesmo mudo não desistiu de tudo aquilo que queria fazer. Para aqueles que acham que desistir é a melhor opção, leiam este livro porque ele inspirou-me muito.



Este livro fala muito sobre a nossa adolescência, fala sobre adolescentes de 15 anos ou menos  que se perderam no vício. O vício pode ser uma coisa muito má e para quem acha que é fixe fumar, ou drogar-se só porque os outros o fazem. Experimentem, ler este livro, vejam as consequências da droga.

Adiante, “ A filha dos mundos” não tem a ver com criminologia ou drogas, tem a ver com a nossa imaginação, a nossa infantilidade. Não tem nada de mal este livro, muito pelo contrário, ajuda-nos a dar asas à nossa imaginação e, para além do mais, faz-nos voltar à nossa infância, quando líamos aqueles livros sobre fadas, duendes e dragões. Afinal, nunca deixamos de ser crianças!


 Este livro é dedicado a todos os que gostam de crimes, homicídios e acção. Nunca ninguém imaginou uma espécie de assalto perfeito, mas este aqui, acreditem tem de tudo. Tanto pode dar tudo para o torto, como no final fica tudo como planeado. Mais ou menos... é claro que nem tudo sai certo.

Não vou falar mais acerca destes livros, terão de vir requisitá-los à biblioteca para verem o que acontece!

boletim da be


Já se encontra disponível o Boletim da BE do 2º período. Para o visualizarem, cliquem aqui.

a estante de lara passo





Este livro foi um dos melhores livros que já li... Tocou-me profundamente, tanto no sentido romântico, como nas partes mais sérias, não podendo esquecer a ação. O livro fala de uma sociedade composta de 12 distritos muito pobres, governados pelo Capitólio, extremamente rico e cruel. Uma das suas leis é que, todos os anos, dois adolescentes de cada distritos sejam sorteados para participar nos Jogos da Fome, em que o único objetivo é a sobrevivência de somente um, usando todos os meios para que isso aconteça, incluindo matar. A personagem principal é Katniss, um dos tributos. Ela sente-se indignada com as atitudes do Capitólio e tenta fazer de tudo para mudar a situação desesperada em que se encontra o mundo, com a ajuda dos seus potenciais parceiros românticos: Peeta, o padeiro, e Gale, o seu parceiro de caça.



A afinidade que se criou entre mim e a personagem principal do livro, Sophie, foi uma das coisas que me surpreendeu. Eu identifico-me com o jeito atrapalhado e irónico com que ela desvenda os seus mistérios e vive as suas aventuras. Sophie é uma bruxa negra, ou pelo menos assim pensa ela, que durante o primeiro livro tenta integrar-se na sua nova escola para criaturas sobrenaturais: Hecate Hall, porém, acaba por descobrir o lado negro da vida. O concelho parece ser mais obscuro do que ela pensa e os conflitos amorosos que envolvem a sua vida, com os pretendentes Archer e Cal, estão a pô-la bastante em baixo, mas Sophie sobrestima-se e com o seu poder consegue ultrapassar todas as suas dificuldades e assuntos pendentes.


porque março é o mês da leitura VI

porque março é o mês da leitura V

sarau de poesia


a estante da professora ana carla campos




Tinha menos de 14 anos quando se cruzou na minha vida “Um estranho numa terra estranha”, de Robert A. Heinlein e a minha relação com os livros e com o mundo não mais foi a mesma.
Este livro conta a história de um homem vindo de Marte que ensinou a humanidade a "grocar" e a partilhar a água. E a amar. Desde então “grocar” entrou não no meu vocabulário mas na minha vida, e não tenho deixado de tentar grocar desde então. 

Pouco depois, e na mesma linha, chegou o “Admirável mundo novo”, Aldous Huxley, que também devorei em todos os minutos disponíveis. 

“A Selva”, de Ferreira de Castro e o “Ensaio sobre a Cegueira”, de Saramago, já mais tarde, marcaram-me por porem a nu a fragilidade e vulnerabilidade humana. As personagens destas duas histórias vivem momentos extremos e realizam ações que achariam inconcebíveis na sua vida “normal”. A consciência que somos todos capazes de tudo, dependendo das circunstâncias,  fizeram-me uma pessoa mais tolerante, menos crítica e, sobretudo, mais apta para sair “dos meus sapatos” e ver os outros por outras perspetiva.


Por fim, uma breve referência à “Nausea”, de J.P. Satre, que me deixou para sempre “só e sem desculpas” e ao “Guardador de Rebanhos”, de Alberto Caeiro, o meu eterno livro de consolação da alma.

porque março é o mês da leitura III

porque março é o mês da leitura II

a estante da professora margarida correia




O livro da minha vida é O banho da Balalaica, um pequeno conto das edições Majora sobre uma irrequieta cadelinha que fazia imensas tropelias, para gáudio do seu pequeno dono e da criança que já fui. Tão encantada me deixavam as peripécias à volta da Balalaica que pedia à minha mãe que lesse aquela história outra e outra vez. E, fruto das repetições e da paixão pelas palavras e pelas imagens da caniche branca, comecei a “ler” a história, de fio a pavio, expressivamente, imitando a minha mãe, fazendo as pausas no momento certo, virando as páginas com a voz suspensa na sílaba exata. Aquele prodígio fez a felicidade da minha mãe (foi o momento alto do seu orgulho iniciador!) que passou a exibir a minha pretensa leitura a familiares, amigos e conhecidos que, recordo ainda, acreditavam estar diante de uma sobredotada que aprendera a ler aos quatro anos, até a minha mãe – verdade supra vaidade! - desfazer o equívoco dizendo que era apenas um milagre de uma memória motivada. Tenho para mim que essa vaidade maternal me contaminou com a paixão pelos livros, embora a febre das efabulações me tenha sido pegada pela minha bisavó Fortunata que, sem saber ler nem escrever, era uma coletânea de contos tradicionais, e que, ao meu pedido - «Conta-me uma história» – abria, sem reservas, a porta do maravilhoso mundo da ficção. 

maratona fotográfica na esdas


porque março é o mês da leitura I

a estante do professor fernando almeida




Foi uma oportunidade para vestir a pele de detective e descobrir, no meio da barafunda, conceitos matemáticos. Foi um óptimo momento para perguntar se fará sentido exigir que tudo faça sentido. Foi o ensejo excelente para sonhar acordado, entrar num mundo louco, e mandar às urtigas a lógica impositiva que governa o nosso quotidiano. 




É uma oportunidade, diria quase única, para: ouvir falar o silêncio, experienciar a paz, a distância, a saudade, a vertigem, a vida, que lhe (e nos) desenha a individualidade da existência. Para nos aproximar do seu imperativo desejo que a levou a escrever “Quando eu morrer voltarei para buscar os instantes que não vivi junto ao mar”.



A clarividência é a essência da boa metáfora e Orwell colocou-a ao serviço da denúncia do logro de um sonho. Viva a Revolução: Liberdade, Igualdade, Fraternidade? … e a revolução não nos libertou!!! Porque afinal somos todos iguais, mas… alguns são mais iguais do que os outros.

semana da leitura: ciclo de cinema


semana da educação aberta



A próxima semana é a SEMANA DA EDUCAÇÃO ABERTA, assim, de 11 a 15 de março decorrerão atividades e eventos a nível mundial. O objetivo do evento é sensibilizar as comunidades educativas para o movimento da educação aberta o seu impacto e as suas potencialidades no processo de ensino e aprendizagem. A participação nos eventos e o uso dos recursos disponibilizados são gratuitos e abertos a todos. Mais informações aqui.

semana da leitura na esdas


livres como livros


mar VII


Oceano Nox

Junto do mar, que erguia gravemente 
A trágica voz rouca, enquanto o vento 
Passava como o vôo do pensamento 
Que busca e hesita, inquieto e intermitente, 

Junto do mar sentei-me tristemente, 
Olhando o céu pesado e nevoento, 
E interroguei, cismando, esse lamento 
Que saía das coisas, vagamente... 

Que inquieto desejo vos tortura, 
Seres elementares, força obscura? 
Em volta de que idéia gravitais? 

Mas na imensa extensão, onde se esconde 
O Inconsciente imortal, só me responde 
Um bramido, um queixume, e nada mais... 

Antero de Quental, in "Sonetos"

a morte da imprensa em papel

Um original filme do alemão Ken Ottmann que estabelece um curioso paralelismo entre o desaparecimento dos dinossauros e o anunciado fim da imprensa em papel.


(via Lerebooks)

mar VI


Uma Após Uma as Ondas Apressadas

Uma Após Uma 
Uma após uma as ondas apressadas 
Enrolam o seu verde movimento 
E chiam a alva 'spuma 
No moreno das praias. 

Uma após uma as nuvens vagarosas 
Rasgam o seu redondo movimento 
E o sol aquece o 'spaço 
Do ar entre as nuvens 'scassas. 

Indiferente a mim e eu a ela, 
A natureza deste dia calmo 
Furta pouco ao meu senso 
De se esvair o tempo. 

Só uma vaga pena inconsequente 
Pára um momento à porta da minha alma 
E após fitar-me um pouco 
Passa, a sorrir de nada. 

Ricardo Reis, in "Odes" 

semana da leitura na rede concelhia de vila do conde


mar V


Fundo do mar

No fundo do mar há brancos pavores,
Onde as plantas são animais
E os animais são flores.

Mundo silencioso que não atinge
A agitação das ondas.
Abrem-se rindo conchas redondas,
Baloiça o cavalo-marinho.
Um polvo avança
No desalinho
Dos seus mil braços,
Uma flor dança,
Sem ruído vibram os espaços.

Sobre a areia o tempo poisa
Leve como um lenço.

Mas por mais bela que seja cada coisa
Tem um monstro em si suspenso.

Sophia de Mello Breyner Andresen
Obra Poética I
Caminho

bairro dos livros: ler é manuel antónio pina


mar IV


Passei o Dia Ouvindo o que o Mar Dizia

Eu hontem passei o dia 
Ouvindo o que o mar dizia. 

Chorámos, rimos, cantámos. 
Fallou-me do seu destino, 
Do seu fado... 

Depois, para se alegrar, 
Ergueu-se, e bailando, e rindo, 
Poz-se a cantar 
Um canto molhádo e lindo. 

O seu halito perfuma, 
E o seu perfume faz mal! 

Deserto de aguas sem fim. 

Ó sepultura da minha raça 
Quando me guardas a mim?... 

Elle afastou-se calado; 
Eu afastei-me mais triste, 
Mais doente, mais cansado... 

Ao longe o Sol na agonia 
De rôxo as aguas tingia. 

«Voz do mar, mysteriosa; 
Voz do amôr e da verdade! 
- Ó voz moribunda e dôce 
Da minha grande Saudade! 
Voz amarga de quem fica, 
Trémula voz de quem parte...» 
. . . . . . . . . . . . . . . . 

E os poetas a cantar 
São echos da voz do mar! 

António Botto, in 'Canções'

mar III


Carta ao Mar

Deixa escrever-te, verde mar antigo, 
Largo Oceano, velho deus limoso, 
Coração sempre lyrico, choroso, 
E terno visionario, meu amigo! 

Das bandas do poente lamentoso 
Quando o vermelho sol vae ter comtigo, 
- Nada é mais grande, nobre e doloroso, 
Do que tu, - vasto e humido jazigo! 

Nada é mais triste, tragico e profundo! 
Ninguem te vence ou te venceu no mundo!... 
Mas tambem, quem te poude consollar?! 

Tu és Força, Arte, Amor, por excellencia! - 
E, comtudo, ouve-o aqui, em confidencia; 
- A Musica é mais triste inda que o Mar! 

António Gomes Leal, in 'Claridades do Sul'

mar II


Viver na Beira-Mar

Nunca o mar foi tão ávido 
quanto a minha boca. Era eu 
quem o bebia. Quando o mar 
no horizonte desaparecia e a areia férvida 
não tinha fim sob as passadas, 
e o caos se harmonizava enfim 
com a ordem, eu 
havia convulsamente 
e tão serena bebido o mar. 

Fiama Hasse Pais Brandão, in "Três Rostos - Ecos"

cinema

Na semana de entrega dos Óscares,  publicamos aqui uma montagem de quatro minutos com cenas de todos os 84 vencedores do Óscares de “Melhor Filme”, juntamente com os nove nomeados à estatueta deste ano, realizada por Nelson Carvajal. 


mar I

A propósito do concurso de fotografia  Ilustrar o Mar, que lançamos no passado dia 27 de fevereiro, deixamos aqui algumas sugestões de poemas sobre o mar que possam inspirar as vossas participações.

Solidão

Estás todo em ti, mar, e, todavia, 
como sem ti estás, que solitário, 
que distante, sempre, de ti mesmo! 

Aberto em mil feridas, cada instante, 
qual minha fronte, 
tuas ondas, como os meus pensamentos, 
vão e vêm, vão e vêm, 
beijando-se, afastando-se, 
num eterno conhecer-se, 
mar, e desconhecer-se. 

És tu e não o sabes, 
pulsa-te o coração e não o sente... 
Que plenitude de solidão, mar solitário! 

Juan Ramón Jiménez, in "Diario de Un Poeta Reciencasado" 
Tradução de José Bento

esdas nas correntes d' escritas

Na passada 6ª feira, dia 22 de fevereiro, as turmas A e O do 11º ano da escola participaram num encontro com os escritores Pedro Vieira e Joel Neto.
Foi uma tarde bem passada e divertida, em que os alunos tiveram oportunidade de ouvir e dialogar com estes autores sobre a escrita, leitura, atividades paralelas que desenvolvem e projetos futuros. Aqui fica o registo fotográfico do encontro.