a estante da professora ana pinho






Somos o que lemos, os autores que admiramos, os que nos interpelam ou indignam, entre outras complexidades. Esta crença terá fundamento?
O primeiro livro que me escolheu e fascinou foi a Bíblia, com as suas histórias de amor como a de Sansão e Dalila, ou de dor como a de Job, a quem uma desgraça sucedia a outra e ele a tudo resistia com a sua fé. Mas o que mais me tocou foi Jesus, bebé pobrezinho, que me trazia prendas no Natal. Atualmente é um livro que me continua a desafiar e a oferecer companhia por ampliar a compreensão do Homem.
Na adolescência li várias vezes as obras O Corsário Negro de Emílio Salgari e A Paixão de Jane Eyre de Charlotte Bronte. À boleia do primeiro percorri mares, preguicei na ilha das Tartarugas, entranhei-me na selva, enfrentei tempestades e, muito mais tarde, tornei-me no impossível: turista aventureira! Na segunda obra encontrei, sem disso ter consciência na altura, um modelo de amor e de mulher, digna e corajosa, que se fez na adversidade. Numa época em que as mulheres, em geral, tinham como projeto de vida o casamento, Jane aprendeu o prazer de saber e de ser autónoma.
Posteriormente assolada pela paixão de desvendar crimes e de construir um sentido para a minha existência, devorei o policial Maigret, de George Simenon e a obra O Estrangeiro de Albert Camus, entre outras. Com a leitura do primeiro partilhei, volume a volume, a carreira de Maigret, admirando o seu olhar humano a incluir seres à deriva, bebendo cerveja, deambulando noite fora pela Pigalle, amando o perigo e o interdito. Já com a segunda obra, companhia de verões sucessivos, vagueava na tentativa de compreender o sentido de absurdo da existência…
Nos dias que correm, em busca de “O sol em cada sílaba”, vou de livro em livro…

boletim da be



Já está está disponível o Boletim da BE do 2º período, para o visualizarem, cliquem aqui.

a estante de isabel agra


Eu considero-me uma leitora compulsiva. Passo os dias a falar sobre livros e a tentar convencer os outros a ler. Na minha opinião, ler é uma forma de vivermos várias vidas.
De todos os livros que já li (e foram muitos), há três que considero especiais, porque são livros que me marcaram imenso.

O primeiro é “A Lua de Joana”, de Maria Teresa Maia Gonzalez. Este livro é muito importante para mim porque foi o primeiro livro que eu li, e foi a partir daqui que eu comecei a adorar ler. Além disso, este livro faz-nos pensar em todas as decisões que tomamos, e em que sentido essas decisões vão afetar os que nos rodeiam.

O segundo livro é “Anna e o Beijo Francês”, de Stephanie Perkins. Este livro ensinou-me a ser independente e a aceitar as mudanças. Aprendi a manter-me sempre positiva, mesmo quando tudo parece correr mal.

Por fim, o terceiro livro que mais me marcou, e que por acaso é o meu livro favorito, foi “A Cidade dos Ossos”, de Cassandra Clare. Adorei este livro. Com ele percebi que somos capazes de tudo para protegermos aqueles que amamos, seja um amigo ou um familiar. Por eles, até somos capazes e nos prejudicar a nós próprios, se isso significar que eles ficarão bem.

Recomendo estes três livros a qualquer pessoa, seja qual for a idade. Na minha opinião, “A Lua de Joana”, “Anna e o Beijo Francês” e “A Cidade dos Ossos” são livros que marcam a vida de qualquer leitor.

a estante da professora isabel tomás



 

Por considerar que nós somos (também) os livros que lemos, selecionei três obras que mais me influenciaram e ajudaram a crescer como pessoa (o que não quer dizer que outras também não o tenham feito).
Estas obras foram importantes na minha vida, porque desvelam a consciência da nossa finitude, do nosso inacabamento e das nossas fragilidades existenciais.
A veemência das histórias e das emoções verbalizada nas obras conduzem, de algum modo, o leitor a senti-las e a vivenciá-las como se da sua vida se tratasse. Por isso, estas histórias ajudaram-me a compreender melhor as incertezas da vida.
Na primeira obra, a personagem principal, Luís Echevarria, revela as múltiplas facetas do ser-se homem, procurando no amor o autoconhecimento e a resposta para a sua natural insatisfação.
A metamorfose mostra de forma irónica e irreal a transformação da personagem principal, Gregor, num inseto horrível. No entanto, a vítima da mudança não se preocupa com a mesma, observando contemplativamente as reações da família e amigos.
A terceira obra descreve a luta pela sobrevivência de uma família que procura, na migração, uma saída para a sua condição de miséria. No romance, são relatadas experiências humanas levadas ao limite: exploração, logro, condições de vida sub-humanas…
Três obras inesquecíveis que aconselho pela intensidade literária, pela relevância dos conteúdos, pelo entusiasmo e prazer que me proporcionaram.

encontro com ilustrador & escritor

a estante da professora anabela silva




Ao longo da minha vida, foram muitas as músicas e os livros que me marcaram.


A frescura do cantor João Gilberto, o rigor e a força de Beethoven ou a natureza etérea de Debussy são incontornáveis…
E os livros e seus autores?
Ler “Esteiros”, de Soeiro Pereira Gomes, livro aparentemente ingénuo mas tão profundo e verdadeiro…
Aceitar o desafio de Camilo Castelo Branco e ver a sociedade sem hipocrisia – com todos os seus defeitos e qualidades – e sermos capazes de sorrir, inclusivamente de nós mesmos!
Viajar com Pearl S. Buck e conhecer outras paisagens e culturas, tão longínquas no tempo e no espaço, mas tão próximas em toda a sua obra…
Regressar aos ambiente bucólicos – nos quais poluição, tecnologia ou aquecimento global não cabem – ao saborear a poesia bucólica de Guerra Junqueiro, em “Os Simples”…
Ou aferir o meu percurso de vida, ao visitar repetidamente aquele que considero o livro mais marcante: “O Livro de San Michele”, de Axel Munth…
Muitas outras obras e autores mereciam estar aqui mencionadas. O importante é ler, pois, como escreveu José Saramago, “ler faz bem à saúde”…
Um Livro não é caro, um Livro pode ser requisitado numa Biblioteca, um Livro pode ser partilhado, um Livro pode ser lido vezes sem conta, um Livro pode mudar as nossas vidas, um Livro pode fazer toda a diferença …
E porque nas nossas vidas, “tudo o que nos é útil, pode ser obtido por pouco dinheiro. Só o supérfluo é caro” (Axel Munth)… é urgente abrirmos as portas ao que de melhor o ser humano tem produzido: os Livros!